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Poesia 07

Sem medo

Resolvi ter coragem.
Após anos e anos (re) escrevendo
e no final: a rasgar... a rasgar... a rasgar...
talvez fosse a limitação na periferia da Pampulha.

Era um medo sem igual!
Medo das ideias desaparecem no esquecimento,
Medo das palavras amarelarem nas estantantes,
Medo de apenas ser lido pelo próximo,
De me encontrar num Alfarrábio... num Sebo!

Em Coimbra incorporei certa liberdade,
As águas do Mondego abrandaram a aflição,
o Parque...
cada Beco inspiração!
E cada estória um aroma da ancestralidade,
visíveis na invisibilidade das construções...

Estou preparado... acredito!
Não me importa as páginas amarelas,
quem sabe ouro num garimpo alfarrábico.
É bom saber que o próximo me fortalece!
Quem sabe os Historiadores...

Por fim,
não obstante,
de agora em diante
não deletarei as ideias.
Os pensamentos serão públicos,
instigantes e levemente incessantes!

Wanderson Rocha

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